Do: O Dia on line
A passeata dos bombeiros reuniu, segundo a comandante do 19º BPM (Copacabana), Cláudia Lovaine, 27 mil pessoas na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo. Os militares receberam o apoio de moradores do Rio e de outras cidades, professores, policiais e até dois bombeiros da Argentina. Mais de 150 policiais do batalhão garantiram a segurança do movimento.
A caminhada, que começou em frente ao Hotel Copacabana Palace, saiu por volta das 11h30, duas horas e meia depois do horário previsto para o início. O atraso se deu devido a pode de árvores na Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, o que complicou o trânsito e bloqueou a passagem dos mais de 20 ônibus que levavam manifestantes da Região dos Lagos, Baixada e Angra dos Reis.
A cantora Alcione chegou cedo no local, mas não pode acompanhar a passeata, já que se apresenta mais tarde na festa São João Carioca, na Quinta da Boa Vista. Madrinha dos bombeiros há dez anos, a artista disse que acredita em um acordo entre os militares e o governo. "Cabral será sensível", afirmou.
Estiveram presentes no evento parlamentares estaduais, como Marcelo Freixo (Psol) e Flávio Bolsonaro (PP), e federais: Alessandro Molon (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). No entanto, os líderes do movimento não permitiram que os políticos discursassem.
A população também fez seu papel e compareceu usando vermelho, enquanto alguns moradores da orla estenderam faixas da mesma cor nas janelas e acenaram para os manifestantes.
A aposentada Maria Helena Freitas era uma das pessoas que decidiu apoiar os bombeiros. Ela acordou às 5h e foi sozinha, de Duque de Caxias, região metropolitana do Rio, para a passeata. Segundo ela, a manifestação demonstra o poder que o povo pode exercer para conseguir justiça. "Não poderia perder essa passeata, pois há muito tempo não acontece algo parecido. O Brasil precisa lutar mais vezes".
A "cabeça" da passeata chegou ao Posto 6 por volta das 14h30, mas devido o grande número de pessoas, ainda tinha gente no Leme.
"O que a gente procura agora é dignidade para o nosso trabalho e a liberação de todos os presos. Depois iremos atrás do aumento de salário", disse o bombeiro Geneci Barreiro Neto, 36 anos. Ele participou do ato ao lado da mulher e se disse satisfeito com o apoio demonstrado pela população. "Tenho que agradecer o governador Sérgio Cabral, porque se ele fez uma coisa boa foi botar todo o povo ao nosso lado", ironizou.
Anistia deve ser votada
O deputado federal Alessandro Molon disse que há chances de que a anistia para os 439 bombeiros seja votada ainda esta semana. Molon, que participa da passeata na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo, parabenizou a população pela mobilização, em entrevista à rádio BandNews. Molon é um dos deputados que conseguiu, na madrugada de sexta-feira, um habeas corpus para soltar os militares presos.
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