A Polícia Civil de Pirajuí (384 km a noroeste de SP) investiga o suposto uso de pombos para transportar celulares para a penitenciária Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz, localizada numa estrada vicinal da cidade.
Dois
pombos foram encontrados este mês com "mochilinhas" amarradas ao
corpo. Elas abrigavam um celular cada uma.
Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária |
Segundo
o delegado César Ricardo do Nascimento, um dos celulares estava com chip e o
outro sem. Ele pediu à Justiça a quebra de sigilo telefônico para descobrir
quem é o proprietário e quais são as ligações registradas.
Os
pombos foram encontrados por agentes de segurança penitenciária. Num dos casos,
a ave bateu no vidro de uma janela. Na bolsa que carregava foram encontrados o
celular com bateria e chip. No outro caso, o agente viu o pombo perto do
alambrado de segurança, observou a dificuldade para voar e conseguiu capturar a
ave.
"Acredito que as aves não são pombos-correio, não são treinadas", disse o delegado nesta terça-feira (29). De acordo com ele, a penitenciária abriga vários ninhos de pombo, nos telhados e janelas.
O
delegado suspeita que alguém do lado de fora alimente as aves e assim consiga
pegá-las e amarrar as bolsas com celulares. Depois, os pombos voltam para os
ninhos e fazem o transporte dos telefones.
Apesar
de apenas dois pombos terem sido capturados, outras aves "suspeitas"
foram vistas por agentes de segurança nos últimos meses.
Inaugurada
em 1978, a penitenciária, conhecida como P1, tem capacidade para 500 presos,
mas hoje abriga 1.438.
Pirajuí
tem outra penitenciária, a Luiz Gongava Vieira, com 1.905 presos (a capacidade
é para 1.212).
A
Secretaria de Administração Penitenciária não comentou a investigação.
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