Caso Stênio Mendonça: licença de promotor adia júri de um dos acusados na execução do delegado | Blog do Louremar

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Caso Stênio Mendonça: licença de promotor adia júri de um dos acusados na execução do delegado


A 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital havia marcado para a próxima quinta-feira, 30, o julgamento de Maximo Moura Lima, acusado de participação na trama que culminou com a execução do delegado Stenio Mendonça. O réu é o último dos envolvidos no crime a ir a julgamento. O juiz designado para presidir a sessão é José Ribamar D’Oliveira Costa Júnior, juiz auxiliar respondendo pela unidade.
Entretanto, em virtude da licença para tratamento de saúde do promotor Willer Siqueira Mendes Gomes, o julgamento não irá mais acontecer na data prevista. Em portaria, o juiz observa a impossibilidade de designação de outro promotor para atuar na sessão.
Sobre o caso 
De acordo com o relatório dos autos emitido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, Maximo Moura seria o proprietário de um dos veículos utilizados para a execução do delegado. O relatório indica ainda que o veículo era dirigido por Maximo, que se fazia acompanhar pelo também acusado de participação no crime Claudenil de Jesus Silva, o Japonês.  Aos dois caberia o monitoramento de Stenio Mendonça e o apoio aos executores do delegado, inclusive dando-lhes fuga, caso necessário. 
Stenio Mendonça foi morto a tiros de revolver disparados por José Vera Cruz Soares Fonseca, o Cabo Cruz no dia 25 de maio de 1997, por volta das 11h30, na Praça do Pescador, na Avenida Litorânea. Acompanhava o executor José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, que, empunhando uma pistola, propiciou meios para facilitar a execução.
O motivo seria uma investigação em andamento feita pelo delegado para desvendar o desaparecimento de uma carreta ocorrido em Santa Luzia do Tide (MA). A carreta teria sido localizada e apreendida pelo delegado em um imóvel pertencente a outro acusado pelo crime, Joaquim Lauristo, e ocupado pelo então deputado Francisco Caíca Uchôa Marinho, o Chico Caíca.
Provas indiciárias colhidas à época indicaram como sendo de uma organização criminosa responsável pelo roubo de cargas no Maranhão a autoria do crime. Além dos citados fariam parte da organização: José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel; Carlos Antonio Martins Santos, cunhado de Bel; Carlos Antonio Maia, o Carlinhos; Marcondes de Oliveira Pereira; Israel Cunha, o Fala Fina; José Gerardo de Abreu, Ilce Gabina de Moura Lima e Luis de Moura Silva.
Segundo o relatório, a organização atuaria no Maranhão no roubo de cargas e carretas. Ainda segundo o relatório, a morte do delegado teria sido decidida em reunião do grupo realizada em São Paulo. O grupo estaria preocupado com a ação de Stenio Mendonça – além de apreender a carreta o delegado teria indiciado em inquérito policial Joaquim Lauristo e Bel.  A missão de executar Mendonça teria ficado a cargo do então deputado José Gerardo, que seria o chefe do bando no Maranhão.
Da: Assessoria da Corregedoria

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