A 2ª Vara do Tribunal do Júri da
capital havia marcado para a próxima quinta-feira, 30, o julgamento de Maximo
Moura Lima, acusado de participação na trama que culminou com a execução do
delegado Stenio Mendonça. O réu é o último dos envolvidos no crime a ir a
julgamento. O juiz designado para presidir a sessão é José Ribamar D’Oliveira
Costa Júnior, juiz auxiliar respondendo pela unidade.
Entretanto, em virtude da licença
para tratamento de saúde do promotor Willer Siqueira Mendes Gomes, o julgamento
não irá mais acontecer na data prevista. Em portaria, o juiz observa a
impossibilidade de designação de outro promotor para atuar na sessão.
Sobre o caso
De acordo com o relatório dos autos emitido pela 2ª Vara
do Tribunal do Júri, Maximo Moura seria o proprietário de um dos veículos
utilizados para a execução do delegado. O relatório indica ainda que o veículo
era dirigido por Maximo, que se fazia acompanhar pelo também acusado de participação
no crime Claudenil de Jesus Silva, o Japonês. Aos dois caberia o monitoramento de
Stenio Mendonça e o apoio aos executores do delegado, inclusive dando-lhes
fuga, caso necessário.
Stenio Mendonça foi morto a tiros
de revolver disparados por José Vera Cruz Soares Fonseca, o Cabo Cruz no dia 25
de maio de 1997, por volta das 11h30, na Praça do Pescador, na Avenida
Litorânea. Acompanhava o executor José Rodrigues da Silva, o Zé Júlio, que,
empunhando uma pistola, propiciou meios para facilitar a execução.
O motivo seria uma investigação
em andamento feita pelo delegado para desvendar o desaparecimento de uma
carreta ocorrido em Santa Luzia do Tide (MA). A carreta teria sido localizada e
apreendida pelo delegado em um imóvel pertencente a outro acusado pelo crime,
Joaquim Lauristo, e ocupado pelo então deputado Francisco Caíca Uchôa Marinho,
o Chico Caíca.
Provas indiciárias colhidas à
época indicaram como sendo de uma organização criminosa responsável pelo roubo
de cargas no Maranhão a autoria do crime. Além dos citados fariam parte da
organização: José Humberto Gomes de Oliveira, o Bel; Carlos Antonio Martins
Santos, cunhado de Bel; Carlos Antonio Maia, o Carlinhos; Marcondes de Oliveira
Pereira; Israel Cunha, o Fala Fina; José Gerardo de Abreu, Ilce Gabina de Moura
Lima e Luis de Moura Silva.
Segundo o relatório, a
organização atuaria no Maranhão no roubo de cargas e carretas. Ainda segundo o
relatório, a morte do delegado teria sido decidida em reunião do grupo
realizada em São Paulo. O grupo estaria preocupado com a ação de Stenio
Mendonça – além de apreender a carreta o delegado teria indiciado em inquérito
policial Joaquim Lauristo e Bel. A
missão de executar Mendonça teria ficado a cargo do então deputado José
Gerardo, que seria o chefe do bando no Maranhão.
Da: Assessoria da Corregedoria
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