O silêncio dos deputados

Duas notícias que li essa semana e que merecem ser comentadas.

O deputado Luciano Leitoa solicitou à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa que envie ofícios ao Tribunal de Justiça do Estado e à Procuradoria Geral de Justiça solicitando nomeações de juiz e promotor para a Vara de Execuções Penais do município de Timon.

E a situação de tantos outros municípios, é boa quanto ao serviço de juízes e promotores?

Bacabal é uma das maiores cidades do Estado e sabemos bem como é a situação. A 2ª Promotoria, só para citar um exemplo, passou sete anos sem titular. Agora que o titular voltou a trabalhar na cidade, tirou férias que se estenderão até novembro. A pergunta que se faz é a seguinte: os deputados votados em Bacabal não sabem disso? Seria uma coisa do outro mundo, fazerem o mesmo que o Luciano Leitoa fez?

A outra notícia tem a ver com a primeira. É sobre o silêncio de um grupo de deputados que não deram um piu na Assembléia. O post foi publicado no blog do jornalista Marcos D´Eça, no dia 23:

“Faltando sete dias para o fim do primeiro mês de trabalhos na Assembléia Legislativa, cinco dos 19 deputados estaduais estreantes continuam em silêncio no plenário.

Doutor Pádua (PP), Carlinhos Florêncio (PSL), Francisca Primo (PT), Léo Cunha (PSC) e Valéria Macêdo (PDT) ainda não se pronunciaram na tribuna nem participaram de nenhum debate em plenário.

O levantamento foi feito com base nos arquivos da Assembléia Legislativa, desde o dia 1° de fevereiro, quando começaram os trabalhos da atual legisaltura.

Hemetério Weba (PV), que retorna após oito anos afastado do parlamento – época em que foi prefeito – também não subiu à tribuna, mas participou dos debates em apartes aos colegas.

Embora a atividade parlamentar não se resuma aos discursos, é exatamente no debate em plenário que se percebe o preparo do deputado para a vida legislativa.

E, neste caso, o silêncio nem sempre é o refúgio dos sábios…”