A quem tem que prevalecer o bom senso?

A luta da promotora Karina Freitas para que a cidade possa ser limpa da poluição sonora gerou muita controvérsia.

O mais interessante é ver as pessoas clamarem bom senso por parte das Polícias e do Ministério Público.

Bom senso?!

Para os que clamam por bom senso fica a sugestão: cadastrem suas residências na Promotoria para que possam servir de point àqueles que gostam de ouvir som em alto volume.

O bom senso deve ser invocado àqueles que atropelam a legislação, que é nacional. Portanto, as leis não foram criadas pela Promotoria de Bacabal. Não há motivo para preocupações com turistas, como chegou a ser ventilado, afinal lá de onde eles vêem certamente se preocupam com seus vizinhos.

Em Bacabal existem 4062 automóveis, segundo dados do Denatran. Certamente 90 por cento possuem som instalado a bordo. Quantos desses automóveis servem para os proprietários chegarem nos bares, abrirem as portas e incomodarem a vizinhança?

Certamente poucos. O problema é que esses poucos incomodam muita gente. São privilegiados economicamente ( afinal montar uma parafernália de som não sai barato) que acreditam poderem atropelar o direito dos outros. Sabe aquela máxima de que "o direito de um termina onde começa o do outro"? Para algumas pessoas o direito delas nunca termina.

Domingo sem perturbação

E não é que o bom senso prevaleceu nesse final de semana? Levantamento feito pela Central de Operações da Polícia Militar mostrou que reduziu de forma significativa o número de chamadas para o controle de perturbação do sossego.

Quem frequentou a Cohab e o Bambu Bar pode constatar. A maior parte do tempo as pessoas tomaram sua cervejinha sem o estardalhaço de sempre.

Os donos de bar faturaram. Afinal, não é o som em alto volume que motiva as pessoas a consumirem bebida. É sim, a vontade de beber, de se alegrar, de comemorar algo.

Isso é bom. Aprenderam rápido.