Da: Folha.com
O desenhista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes morreu na
noite de terça-feira (27), aos 88 anos, em sua casa no Rio. De acordo com a
família, ele sofreu falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca.
Em novembro de 2011, Millôr Fernandes recebeu alta depois de quase cinco
meses internado na Casa de Saúde São José, situada em Botafogo, zona sul do Rio
--em fevereiro do ano passado, ele sofreu um AVC (acidente vascular cerebral)
isquêmico.
Millôr, cujo nome de registro é Milton Fernandes, nasceu no Rio em 23 de
agosto de 1923, mas foi registrado em 27 de maio de 1924, segundo sua carteira
de identidade.
O pai morreu quando ele tinha um ano e a mãe, quando ele tinha dez anos. Com
apenas 14 anos, começou a trabalhar como jornalista. Aos 19, foi contratado
pela revista "O Cruzeiro". No período em que ficou na publicação, as
vendas subiram de 11 mil exemplares para 750 mil.
Millôr fez sua primeira exposição de desenhos em 1957, no Museu de Arte
Moderna.
Foi um dos criadores do "O Pif-Paf". Apesar de ter durado apenas
oito edições, o jornal é considerado o início da imprensa alternativa no
Brasil.
Millôr foi ainda um dos colaboradores de "O Pasquim", reconhecido por
seu papel de oposição ao regime militar.
Além disso, foi uma das primeiras personalidades brasileiras a ter espaço na
internet, inaugurando seu site, que segue no ar até hoje, no ano 2000.
O escritor também traduziu várias peças de Shakespeare, que se tornaram
referência no meio teatral.
Millôr foi colaborador da revista "Veja" e de vários jornais,
entre eles, "O Globo" e "O Estado de São Paulo".
Semana cruel para a cultura brasileira. a criatividade,a inteligència estão morrendo numa velocidade cruel. Tal velocidade mortal devia chegar também para a corrupção e a ipunidade.
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