Condenação de pré-candidatos faz grupos buscarem novos nomes em Bacabal

Dois dos pré-candidatos a prefeito da cidade de Bacabal, José Alberto Veloso e José Vieira Lins,  estão condenados judicialmente. A situação é inusitada e coloca num mesmo nível os grupos do prefeito Raimundo Lisboa e o do senador João Alberto de Souza.

O deputado José Vieira Lins se viu, nos últimos dias, às voltas com dois novos abacaxis para descascar. São pedras grandes no caminho de quem tenta consolidar uma candidatura.

Em um dos processos Zé Vieira foi condenado por improbidade administrativa e teve os direitos políticos suspensos por seis anos. Terá também que ressarcir a União em R$ 2,8 milhões.

No processo mais recente, o Deputado foi condenado a devolver R$ 3 milhões. É um processo movido pelo Ministério Público Federal no Maranhão com base em auditoria realizada pela Controladoria Geral da União que detectou desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A decisão também atinge os direitos políticos de Zé Vieira, suspensos por seis anos.

  

José Alberto Veloso, pré-candidato do PMDB,  foi condenado em primeira instância à suspensão dos direitos políticos. Contra ele pesa a acusação de ter feito uma doação irregular para a campanha do filho, o deputado federal Alberto Filho.

As possibilidades num novo cenário

As condenações de Zé Vieira Lins criaram um clima de intranquilidade no seu grupo. A incerteza de que poderá ser candidato fez com que fosse iniciada uma discussão em torno de um novo nome.

Nos bastidores já se admite a adesão do deputado estadual Carlinhos Florêncio ao grupo. Depois do rompimento com Zé Vieira, Carlinhos se mantém calado em relação à sucessão. Cortejado por todos os grupos o Deputado estaria hoje mais propenso a uma aliança com o deputado Zé Vieira.Há quem diga que a adesão já foi sacramentada.

E qual a alternativa para João Alberto? O nome da vice-prefeita Taugi Lago é comentado somente entre aqueles que tentam fazer política com paixão. A razão mostra a todos que o nome de Taugi não é considerado. Além de ter perdido o seu potencial eleitoral, ela enfrenta problemas de saúde que dificultam sua locomoção.

A união dos grupos não está descartada

Numa situação em que convivem com candidatos como se fossem mortos-vivos, os dois grupos voltam a cogitar a união entre si. O prefeito Lisboa não descarta a união com João Alberto. Este continua como antes, calado e aguardando os acontecimentos.

É um cenário cheio de dúvidas. No caso da união dos grupos, quem seria o cabeça de chapa? Certamente não seria Carlinhos Florêncio. Entraria em cena o nome do deputado federal Alberto Filho ( e olhe que já postei sobre isso aqui). É um nome que agradaria a João Alberto e que o prefeito Lisboa aceitaria de bom grado. Assim deixaria o caminho livre para indicar Almir Júnior ( o Júnior do Saae) em quem apostou todas as fichas mas não o viu decolar nas pesquisas, como candidato a vice.