O
Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recomendou à presidência
da Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Secretário Especial de Saúde
Indígena, por meio do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena no Maranhão
(DSEI), que adotem medidas conjuntas para solucionar a situação dos índios
Guajajara que vivem no município de Grajaú (MA), em situação de risco. O
MPF confirmou a denúncia da imprensa de que muitos indígenas estão vivendo da
coleta de resíduos no lixão, além de ter verificado situação semelhante no
matadouro do município.
Uma auditoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) no Polo Base de Grajaú constatou problemas na estrutura física, na administração e na manutenção de imóveis, recursos e equipamentos do Polo Base. Ainda segundo o relatório, as equipes de saúde indígena são insuficientes e a situação de abandono dos índios está provocando o êxodo para a zona urbana de Grajaú.
Uma auditoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) no Polo Base de Grajaú constatou problemas na estrutura física, na administração e na manutenção de imóveis, recursos e equipamentos do Polo Base. Ainda segundo o relatório, as equipes de saúde indígena são insuficientes e a situação de abandono dos índios está provocando o êxodo para a zona urbana de Grajaú.
O
analista pericial em Antropologia do MPF/MA comprovou que há índios saindo
das aldeias em direção à periferia da cidade, frequentando o lixão e
morando em casebres cobertos por papelão e plástico. Foi constatado ainda que a
invasão de madeireiros na terra indígena, a falta de assistência à saúde e
a falta de atuação da Funai na região, são as principais causas do problema.
Segundo
o procurador da República Alexandre Soares, autor da recomendação, a situação
dos indígenas do Polo Base de Grajaú atinge particularmente as crianças,
expondo às famílias a riscos e comprometendo a reprodução cultural do
grupo. Para o MPF, o problema deve ser abordado conjuntamente, pela Funai
e pelo DSEI, visando assistir integralmente às famílias prejudicadas.
O
MPF/MA recomendou à Funai e ao DSEI, no prazo de 45 dias, que enviem equipe
multidisciplinar ao município de Grajaú, a fim de identificar e buscar soluções
para a situação dos índios da etnia Tenetehar – Guajajara, que estão
vivendo em situação de risco e em moradia precária, especialmente os que
coletam resíduos no lixão e matadouro local.
Recomendou
também atenção especial às crianças e gestantes, uma avaliação dos programas
assistenciais do governo federal e a elaboração de um plano de desenvolvimento
sustentável voltados para as famílias Guajajara do município de Grajaú.
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