Noves fora a frase de efeito da
presidente Dilma, sobre o Lula não precisar voltar, porque nunca saiu,
permanece a mesma dúvida no PT e adjacências: caso a popularidade da sucessora
não se recupere e até continue em queda livre, terá o antecessor
condições de negar-se a disputar o palácio do Planalto em 2014?
A resposta preliminar é óbvia.
Se Dilma não puder sustentar sua candidatura, a única forma de preservação do
poder pelos companheiros e aliados será a apresentação do Lula.
Não há prazo
imediato para a definição. Neste ano, pelo menos, nada ficará claro.
Lá para março do ano que vem, no entanto, situa-se a encruzilhada. Mesmo se os
concorrentes continuarem amorfos, insossos e inodoros, como
estão, será preciso uma decisão, amarga para os dois lados. Porque
nem o ex-presidente sentir-se-á confortável atropelando a atual, nem ela
encontrará forças para justificar o afastamento.
Por enquanto vale a partitura,
apesar de a orquestra desafinar. Dilma é a candidata, comporta-se como tal e
mais buscará recuperar o prestígio que as recentes pesquisas levaram. Pode
reverter os números e assegurar o segundo mandato. Tudo depende dela, ou de seu
governo. Um esforço extra precisará desenvolver-se nos
diversos setores de atuação de sua equipe. Há ministros visivelmente
travados, daqueles que não conseguem dizer a que vieram, a não ser
para satisfazer os respectivos partidos, abrindo-lhes oportunidades nem sempre
muito éticas de participação na máquina pública. Mas também existem ministros
competentes, que apenas necessitam de estímulo e de condições para fazer o que
não fizeram até agora.
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