A Auditoria Militar do Estado do
Maranhão conta com um acervo de 299 processos em tramitação. São ações penais e
cíveis de competência da Justiça Militar, sendo 194 penais relativas a delitos
praticados por policiais e bombeiros, cujas condutas estão previstas no Código
Penal Militar.
A competência da Justiça Militar
abrange também o processo e julgamento dos crimes contra a vida, praticados
entre militares, bem como o delito de lesão corporal praticado por militar
contra civil.
A juíza titular da Auditoria Militar,
Rosária de Fátima Almeida Duarte, ressalta que nos crimes de competência do
Tribunal do Júri, no âmbito da Justiça Militar, o Conselho de Sentença é
formado, exclusivamente, por oficiais da corporação. Já no crime de lesão
corporal, o julgamento é proferido unicamente pelo magistrado, sem participação
do Conselho de Sentença.
Com a promulgação da Emenda
Constitucional nº 24/2004, os crimes contra a vida praticados por policiais
militares contra civil passaram a ser julgados pela justiça comum.
Ainda, segundo a magistrada Rosária de
Fátima Almeida Duarte, existem dois conselhos de julgamento que exercem suas
funções na Auditoria Militar: o Conselho Especial, com competência para julgar
oficiais militares, e o Conselho Permanente, para julgamento dos praças.
A composição do Conselho Permanente é
renovada a cada três meses, via sorteio, entre os oficiais da Polícia Militar.
No Conselho Especial, cada composição é nomeada para atuar em um processo
específico, que será instruído e julgado pelo mesmo Conselho, sempre com
patente superior à do acusado.
Criada em 1944, a Auditoria da Justiça
Militar do Estado do Maranhão conta atualmente com uma equipe formada por 22
servidores, entre os quais policiais militares que prestam serviços
administrativos na respectiva unidade.
A juíza Rosária de Fátima Almeida foi
titularizada na unidade jurisdicional em 22 de junho de 2012, ainda na antiga
sede, na Rua do Egito, onde encontrou um acervo de 658 processos.
Em fevereiro deste ano, a Auditoria
Militar passou a funcionar no 5º andar do Fórum Des. Sarney Costa, Calhau. A
magistrada destaca que a mudança trouxe melhorias às acomodações físicas, visto
que o espaço atual é mais amplo e mais bem estruturado que o anterior.
Rosária de Fátima Almeida destacou que
busca, junto ao Tribunal de Justiça e Corregedoria Geral de Justiça do
Maranhão, a informatização da unidade, o que vai contribuir para a celeridade
dos processos.
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