Qual é mesmo a segurança que o maranhense quer? | Blog do Louremar

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Qual é mesmo a segurança que o maranhense quer?

Imagem de um dos ônibus incendiados na noite de quarta-feira
Depois da rebelião da noite de quarta-feira (9) no Centro de Detenção (Cadet), o Governo do Estado respondeu de forma não convincente.

A resposta da Secretaria de Estado de Segurança Pública mostra mais uma vez que a reação é equivocada. Anunciou-se, primordialmente, o reforço do contingente policial na cidade. Os militares que desempenham funções administrativas e os que estão de folga foram empregados no patrulhamento de rua.

Ora, é como tomar um analgésico para a dor de dente e deixar para procurar o dentista quando 'Deus der bom tempo'. A solução não é adequada, uma vez que os policiais que trabalham no serviço administrativo são necessários para o desempenho de tal mister. Farão falta naquelas funções e algo vai deixar de funcionar.  Os policiais que estão de folga, se encontram nessa condição porque trabalharam e tem o direito de descansar. Cobrar um pouco mais desses homens e mulheres, não vai resolver o problema da segurança pública.

O sacrifício de horas de folga imposto aos policiais, só serve para dar uma falsa sensação de segurança à sociedade. E é esta sociedade que deve se manifestar exigindo medidas que realmente resolvam a crise em que se encontra o sistema de segurança do Maranhão.

O povo está com medo. Mais do que o temor causado pelos boatos de arrastão, difundidos durante todo o dia, existe a falta de confiança nas forças de segurança.O que atesta isso é o comportamento da sociedade que reagiu de duas formas: os rodoviários, pelo sindicato da categoria, resolveram parar de trabalhar no início da noite; Os cidadãos, assombrados pelos comentários de ‘arrastões’ e temendo pela violência, fecharam as portas dos comércios e escolas e rumaram para as suas casas.

Não há que se dizer que o fechamento dos comércios foi motivado pela iminência da falta de transporte. Se assim fosse não teríamos visto tantos comércios em diversos bairros fechando as portas. Geralmente os comércios dos bairros empregam pessoas que residem nas imediações,  portanto não são afetados pela paralisação do transporte coletivo.

O que afeta real e gravemente os maranhenses é o  desespero de se sentirem desamparados pelo Estado que deveria tutelar aos seus cidadãos, o direito constitucional de segurança. 

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