Analfabetos podem decidir a eleição no Maranhão

O jornalista Marco D´Eça publicou um post sobre o voto dos analfabetos no Maranhão. Reproduzo na íntegra, para reflexão.

Nada menos que 620 mil dos 4,3 milhões de eleitores maranhenses são considerados analfabetos.

O número pode chegar a 1 milhão, se considerados os analfabetos funcionais – aqueles que sabem ler e escrever, mas não conseguem compreender o que lêem, não têm visão de mundo e capacidade de análise do cotidiano.

É um contingente capaz de decidir uma eleição.

Sobretudo em um estado onde a força econômica e política nos grandes rincões decidem quem deve receber o voto popular.

Os analfabetos estão nos currais montados pela máquina do governo e das prefeituras, pelas igrejas evangélicas e por pseudo-movimentos sociais, que manipulam a vontade deste contingente em proveito próprio.

Mas há culpados históricos neste pocesso, sem dúvida - se não pela ação, ao menos por omissão.

Neste pleito, cinco ex-governadores disputam o voto.

Dois deles concorrem novamente a governador: Roseana Sarney (PMDB) e Jackson Lago (PDT). Outros três – José Reinaldo Tavares (PSB), Edison Lobão e João Alberto (ambos do PMDB) – querem vaga no Senado.

Sem falar em muitos deputados federais, estaduais e ex-prefeitos, que vão às urnas com o passivo histórico de ter contribuído para a dura realidade maranhense.

Todos tiveram oportunidade de mudar. Os números mostram que nada fizeram – e ganham com isso.

A parcela esclarecida da população, portanto – aquela que, teoricamente, reúne os outros 3 milhões de eleitores - tem nesta eleição o poder de mudar a história do Maranhão.

Pense nisso…