O conflito PT- PMDB igualmente não lhe tirou o sono a ponto de impedir que passasse a mão no telefone para inverter os papéis e fazer também um pedido político.
Foi o que fez junto ao presidente do Senado, José Sarney, para que intercedesse na administração da Casa em favor do ex-governador do Amazonas e senador eleito Eduardo Braga numa disputa por imóvel funcional.
Na verdade, nem disputa era: o imóvel, que foi ocupado pelo senador João Tenório, suplente do governador de Alagoas, Teotônio Vilela, já estava reservado ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO) que, no exercício do mandato, tem a preferência, segundo as regras da Casa.
Braga tentou todos os meios para tirar o apartamento de Demóstenes e, pasmem, conseguiu até a intervenção da presidente eleita. Antes, tentou a ajuda de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), amigo do senador demista, que não se mostrou tão solícito quanto Dilma.
Quanto ao gesto da presidente eleita, de pôr seu peso político em empreitada tão menor como a disputa por um imóvel funcional, fica o resumo de um senador (que não é o Demóstenes): “Ninguém entendeu nada, mas é verdade, ela fez o pedido”.
Em tempo: homem de posses, João Tenório fez uma ampla reforma no imóvel que ocupou em Brasília, transformando-o numa jóia cobiçadíssima que mobilizou até a presidente da República.
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