Serafim é o primeiro candidato a vice

Raul Seixas foi o único cidadão brasileiro a cantar que não queria ser prefeito. Os outros, todo mundo quer.

Quando se aproxima a disputa eleitoral, são inúmeros correndo atrás do mesmo cargo. Aqui em Bacabal tem pelo menos cinco. Mas e pra vice-prefeito, ninguém se candidata não?

Vice não precisa ter voto. Geralmente os políticos compõem a chapa com aquele que tem um partido grande, leva-se em conta também o tempo na propaganda eleitoral. Ou alguém que não venha a causar contrangimentos durante a futura administração. Aí leva-se em conta a lealdade.

A história mostra inúmeros vices que não se conformaram com o papel de coadjuvante. Mas a história da política nacional tem mostrado também que é possível haver vices que sejam leais. Foi assim com Marco Maciel, vice de Fernando Henrique. E foi assim com o vice-presidente mais famoso, José Alencar, companheiro de Lula nos dois mandatos.

Talvez pensando nisso, um grupo já articula o nome de um pretenso candidato a vice-prefeito em Bacabal. É o vereador Serafim Reis. Ele próprio admite, entre amigos, essa pretensão.

Serafim foi, desde que se elegeu para o primeiro mandato de vereador, um político leal ao seu grupo. Leal até demais. Sua lealdade o impediu de alçar vôo. Foi sempre o para-choque do grupo. Comprou brigas com ex-prefeito Zé Vieira, bateu de frente com o atual prefeito Lisboa no primeiro mandato. Quanto Taugi Lago fechou acordo para apoiar justamente Lisboa, Serafim foi voto vencido. Ele votou pelo lançamento de uma candidatura própria. Não sabia que a votação era apenas simbólica. O acordo já estava fechado.

Mesmo assim, numa demonstração que os políticos tem que dar quando escolhem um ou outro grupo político, ele permaneceu leal e aderiu à campanha para reeleição de Lisboa . Totalmente desajeitado em meio àqueles a quem sempre combateu politicamente, subiu no palanque. Se elegeu e conquistou a confiança do prefeito Lisboa. É hoje o líder do Governo na Câmara. Portanto, no quesito lealdade, ele já sai na frente.