Vereador preso por atentado contra o juiz de Tuntum já está em liberdade | Blog do Louremar

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vereador preso por atentado contra o juiz de Tuntum já está em liberdade

Orleans Moreira Cruz está livre novamente. Vereador na cidade de Tuntum, acusado de vários crimes, ele não tem muita preocupação em ser preso. Os fatos mostram que sua permanência detrás das grades é curta.

Em 2006, quando foi preso pela primeira vez, acusado do duplo homicídio de lavradores, ganhou as ruas graças a uma assinatura da desembargadora Nelma Sarney.

Ontem, a assinatura da sua soltura foi dada pelo desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, que estava respondendo pelo plantão judiciário.

Orleans Cruz foi preso no dia 10, depois de um esforço concentrado da cúpula do judiciário, do Ministério Público e da Secretaria de Segurança do Estado. Pesa contra ela a acusação de ser o mandante de um atentado contra a residência do juiz Pedro Holanda Pascoal. No dia 8 de abril, bandidos fizeram vários disparos contra a residência do juiz.

O clamor provocado na cidade, o clima de tensão, justificariam a prisão. Para uns. Para o desembargador José Joaquim Figueiredo não. Na sentanção ele justificou: “Não se prestam para fundamentar a prisão preventiva somente a existência de indícios de autoria e prova da materialidade ou a mera alusão a requisito legal da segregação cautelar, sem apresentação de fato concreto determinante”.

Todas as autoridades envolvidas na questão se revoltaram. A ação que resultou na prisão do vereador foi uma resposta ao crime organizado. Tentaram intimidar o juiz, a personificação daquilo que é a última esperança do povo contra os poderosos: a Justiça. Dá para entender os murmúrios revoltados que se ouve nos corredores do Tribunal de Justiça, da Procuradoria e da Secretaria de Segurança.

Mas em tudo há algo de exemplar. Quem sabe assim entendam como se sente o povo, quando vê todos os dias, homicidas de toda espécie e corruptos das mais baixas às mais altas esferas, serem soltos pelas assinaturas de membros da cúpula do Judiciário.

O que resta agora?

Ao juiz: comprar um colete à prova de balas;
Às autoridades contrariadas: a resignação
À população: rezar

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