Como foi – Eu
queria que “Poder, Glória e Solidão”, livro sobre a política brasileira,
tivesse como folha de guarda uma imagem surpreendente, que soasse inédita,
mesmo se fosse antiga. Achei que a foto do túmulo de Cabral era a adequada.
Afinal, o navegador de certa forma representa a gênese do tema que abordo em
minha publicação, editada em 2002. Por ser nome importante no Brasil, imaginei
ser famoso também em Portugal.
Mal desembarquei no aeroporto
Portela de Sacavém, em Lisboa, parti para Santarém. Ao chegar à antiga Igreja
da Graça, tive a maior decepção. Ao contrário de encontrar um suntuoso
mausoléu, deparei-me com um sepulcro sem nenhuma pompa. Sobre a lápide de
mármore do nosso dileto descobridor, há uma simples citação. Informa de maneira
secundária que ali jaz Pedro Álvares Cabral, cujos restos mortais lá só estão
depositados pelo fato de o navegador ter-se casado, em torno de 1503, com a
governanta-mor da infanta Maria, a donzela Isabel de Castro, filha de Dona
Constança e Dom Fernando de Noronha, donos do jazigo.

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