Por: Benedito Saraiva Filho
Meu amigo Pedro, de passagem por uma cidade do Médio Mearim, foi a um barzinho para saborear um surubim regado a cerveja bem gelada.
Conheceu o Seu Mané Parvo, morador antigo da cidade, com quem iniciou uma conversa sobre política:
-Pois é seu Pedro, não voto mais no vereador Custódio Patranha.
-Mas qual o motivo seu Mané Parvo?
-O cabra prometeu que ia arrumar emprego na prefeitura para os meus dois filhos, que chegaram do garimpo no começo do ano e de lá só trouxeram malária; outro emprego para o marido da minha sobrinha, que se não fosse o rio Mearim a família estava passando fome; outro para minha prima lá da rua de cima, que ficou solteira há pouco tempo e está com o bucho pela goela; e outro para o padrinho do meu filho mais novo, homem pelo qual tenho muita estima.
-Continue. O assunto é interessante.
-O danado se elegeu e não arrumou emprego nenhum. A gente não vota mais nele. E olha que a família é grande.
-Mas se ele falasse que não podia arrumar emprego. Que é preciso passar em um concurso público, que função do vereador é apresentar e votar em projetos de melhoria para o município, o compadre votaria nele?
-Eu não.
-E se aparecer outro candidato e prometer os empregos de novo, o compadre vota?
-Voto sim.
-Seu Mané Parvo, o senhor gosta de ser enganado?
-...?
O leitor pode até não acreditar, os nomes são fictícios, mas a história é verdadeira.
Não venha me dizer que os empregos eram todos na Secretaria de Educação.kkkkkkkkkkkkkk
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