Em Bacabal, Prefeito estuda lançar o nome da ex-mulher como candidata

O prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, atira para todos os lados na tentativa de apresentar um nome que consiga granjear os votos necessários para fazer o seu sucessor.

Ex-deputada Graciete Lisboa

Empurrado aos seus mais íntimos pensamentos pela pesquisa qualitativa que mostrou a ele a verdadeira face da sua gestão (releia) , Lisboa resolveu tomar algumas providências.

A primeira delas foi tirar os poderes do Procurador do Município, o advogado Rogério Alves. Egresso do grupo Taugi Lago/João Alberto, Rogério conseguiu se imiscuir na gestão de Lisboa de forma a granjear para si benesses e o poder de administrar (releia)

Lisboa, mandrião pela própria natureza, aceitou de bom grado o voluntário. Era cômodo alguém que se interpusesse como administrador. Num rápido raciocínio Lisboa entendeu que estaria livre dessas ‘chatices’ que o mandato impõe : pagamentos, atendimento de pleitos de cabos eleitorais, etc.

A metodologia de transferir a responsabilidade de administrar custaria caro. Vereadores, colaboradores e assessores passaram a ser discretamente ignorados. O Prefeito, blindado, não percebia a realidade da sua desastrosa administração. Seu candidato, o secretário de Administração Júnior do Saae, foi uma das vítimas.

Quando se está no poder não é conveniente estrebuchar. E assim foi. Nas rodas de whisky e cerveja, depois do teor etílico já haver ultrapassado o aceitável, todos reclamavam. A indignação era geral. Até uma reunião marcaram às escondidas para ‘detonar’ o Procurador. Sóbrios, ninguém dizia a verdade. E o alcaide bacabalense permanecia confortável no seu ato de não-administrar.

Assim, o Procurador despachou por um bom tempo no gabinete do Prefeito. Tanto se desviou de seus afazeres que terminou por esquecer os processos e perder os prazos que culminaram na cassação dos direitos políticos de Lisboa.

Com o advento da cassação dos seus direitos políticos Lisboa tomou um chá de “simancol”. A inacção deu lugar a um plano político. Já que não se concebe um prefeito elaborar plano administrativo às bicas de entregar o bastão, é apenas político.

Saído da letargia, a segunda providência concebida pelo Prefeito, é apresentar ao povo o que o povo quer. Se as pesquisas demonstram que o eleitorado repudia um candidato apoiado pela Administração Pública de Bacabal, a solução seria apresentar alguém com um discurso diferente.

Seria preciso procurar alguém que se prontificasse a fazer a cara feia para a Administração. Convocada a colaborar, a ex-deputada Graciete Lisboa disse sim. Em breves dias deverá personificar o projeto “sou candidata custe o que custar”.

Tentará dissociar a sua imagem da do ex-marido. Talvez não tenha direito a camarote alternativo, como ocorre todos os anos nas festividades do carnaval oficial. Posará de rebelde.

Se dará certo, não se sabe. Pelo menos Lisboa não poderá ser culpado de não ter tentado fazer o seu sucessor a todo custo. Enquanto der para aguentar Graciete como candidata no cenário político, os olhos dos críticos poderão ser desviados da malfadada aliança feita com o deputado federal Zé Vieira.