Da: Folha.com
O revisor do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandoski, votou nesta quinta-feira pela absolvição do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu do crime de corrupção ativa e chegou a ter parte de sua exposição contestada por colegas.
Ministro Lewandowski Foto: Alan Marques/Folhapress |
Embora não descarte, em tese, que Dirceu foi "mentor da trama", o revisor alegou falta de provas documentais para ligar o ex-ministro ao esquema e responsabilizou o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pelos repasses do valerioduto aos parlamentares nos primeiros anos do governo Lula. O revisor também inocentou o ex-presidente do PT José Genoino.
“Constato que não existe elemento suficiente para condenar Dirceu por corrupção ativa".
Em seu voto, o revisor levantou dúvidas de que o mensalão utilizou desvio de dinheiro público para compra de apoio político no Congresso na gestão Lula. Esse entendimento foi firmado na sessão de segunda-feira com o voto dos 7 dos 10 ministros da Corte.
O ministro disse que essa tese é contraditória e que no processo há provas para todos os gostos. Ele foi questionado pelos ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Os ministros avaliariam a fala como uma contradição pelo fato do colega ter condenado réus de partidos políticos ligados ao PT e que tiveram a participação confirmada no esquema pelo Supremo.
"Eu não estou dizendo que não possa ter havido eventual compra de votos aqui ou acolá. Estou dizendo que tem provas para todos os gostos, nesse imenso campo probatório que está no processo", afirmou o revisor.
Leia mais em: Revisor do mensalão absolve ex-ministro José Dirceu de corrupção ativa
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