Da: Gazeta online
Amarildo Lima Foto: Leonardo Quarto |
É só abrir o jornal que ela está lá, prontinha para ser interpretada. Com uma mistura de informação e humor, as charges coçam a inteligência de leitores, internautas e até telespectadores de todo o país. Se por vezes elas te fazem rir, em outras oportunidades te deixam com raiva. Resumir em um desenho e poucas frases, por exemplo, um complicado processo judicial, caso da ação penal 470 – popular mensalão - não é nada fácil, e pode levar até um dia inteiro.
Já às 7 horas da manhã, ao acordar, a televisão é ligada, assim como os computadores mais próximos. Começa cedo o processo de criação do chargista. “Minha matéria-prima é a informação. Antes do café vou até os principais portais do país para ver o que o noticiário está abordando”, conta Amarildo Lima, chargista e editor de arte de A GAZETA, onde trabalha há 26 anos.
Para chegar até a charge do dia, Amarildo explica que não descarta ideias, mas alerta para a impossibilidade de levar todas elas ao papel. “Minha bolsa chegou a pesar 15 quilos. Eu ia anotando tudo e depois escolhia a melhor. Porém, o mais importante e difícil em uma charge não é o desenho e sim identificar o que fica visualmente bom e o que não serve”, detalha.
Se por um lado as tecnologias móveis aliviaram um pouco o peso da bolsa de Amarildo, por outro deixaram o processo de escolha do tema mais difícil. “Uma das primeiras atitudes que tomo pela manhã é ver o que os colegas de outras empresas fizeram. De cara tenho 50 ideias a menos para usar. Você sempre está pensando em algo que outro colocou no papel”, comenta. Guardar ideias é o desafio do chargista. Amarildo conta que além dos desenhos que faz registra notas de voz no celular em intervalos nos consultórios médicos. “Saio algumas vezes falando sozinho pelas ruas, acham que sou maluco”, imagina.
Parabéns pela matéria. Sempre há leitores para um assunto-desenho-arte, como é o caso das charges. A cada dia esse tipo de texto ganha proporções de uso, desde os livros didáticos,aos jornais do dia, passando pela TV (versões animadas)e mesmo provas de concursos e postagens no Facebook.
ResponderExcluirCá em Bacabal tenho uma amiga chargista de muito talento: Aline Piauilino, infelizmente pouco conhecida. Quem quiser conferir, ela publica no jornal O Folha.