O
Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) pediu o cumprimento imediato do
acordo feito na Justiça Federal com a Vale, o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o INCRA e a Fundação
Cultural Palmares por causa dos diversos problemas no licenciamento ambiental e
execução da duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC).
O acordo,
homologado por sentença da Justiça Federal no ano passado, foi realizado depois
que o MPF moveu ação civil pública pedindo a revisão do estudo ambiental da
obra, que estava impactando as comunidades de Santa Rosa dos Pretos e Monge
Belos, na região de Itapecuru (MA).
Pelo
acordo, a Vale ficou obrigada a realizar a recuperação dos corpos hídricos
impactados pelas obras, controlar o volume de som e poeira e fazer levantamento
da situação de saúde da população, porém, até o momento, a empresa não
comprovou a implementação de nenhuma das medidas acordadas.
Além
disto, a Fundação Cultural Palmares e o Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra) também ficaram obrigados pela Justiça de realizar ações
que contribuíssem com a solução dos problemas enfrentados pelas comunidades
quilombolas atingidas pela EFC, mas, boa parte das determinações ainda não
foram cumpridas.
O MPF pede que o acordo feito pela Vale, Ibama
Incra e Fundação Palmares seja integralmente cumprido, para solucionar os
problemas enfrentados pelos quilombolas de Itapecuru/MA.
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