Por: José Ribamar Viana
A
República Federativa do Brasil, composta pela União, 26 Estados, Distrito
Federal e 5.564 municípios. Onde todos os entes federados, nos termos do artigo
3º, incisos I, II, III e IV, da Constituição Federal, possuem como metas programáticas,
os seguintes objetivos fundamentais: I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV- promover
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Em
que pese à nobreza de tais objetivos, diga-se de passagem, não poderiam ser
outros. Portanto, algo a ser perseguido continuamente por todos os nossos governantes.
Contudo,
para que os mesmos sejam alcançados, de forma minimamente aceitável pelos entes
federados, convenhamos que não é uma tarefa fácil, constituindo-se em um
desafio quase que intransponível. Posto que, o país é territorialmente grande,
possui dimensão continental, onde cada região, os estados e os municípios possuem
suas singularidades: territoriais, populacionais, climáticas, hídrica, etc.
Para
minimizar essas disparidades, várias tentativas ao longo dos anos já foram
implementadas, seja no campo, fiscal, creditício, etc. tais como: Zona Franca
de Manaus, Sudam, Sudene, DNOCS, BNB (FNE), Basa (FNO) BB(FCO), etc. Porém às
desigualdades continuam.
Atualmente,
diante da necessidade imperativa de responder às demandas do povo nas ruas, nossos
representantes, dos três níveis de governo, cada um a seu modo, tratou de construir
a chamada agenda positiva, contemplando uma série de políticas públicas, o que
já foi mais um passo.
Porém, muitas medidas estruturantes, devem ser
ainda enfrentadas, tais como: Reforma Tributária, Guerra Fiscal, entre os
Estados e Municípios, rateio do FPE e FPM (fundo de participação dos Estados e
Municípios respectivamente) Divisão dos royalties, renegociação das dívidas dos
estados e municípios, junto a União, etc. Quase todos constantes na pauta de
reivindicação, da XVI, Macha dos Prefeitos, em defesa dos municípios,
articulada pela Confederação Nacional dos Municípios, em Brasília, entre os
dias 8 a 11 de julho de 2013. Na oportunidade, novas conquistas foram obtidas,
mais outro passo.
Por
fim, com vistas à consecução dos objetivos acima propostos, para que sejam
combatidas as desigualdades regionais, a pobreza extrema, etc. ao meu juízo, reputo
como relevante, a instalação da Subcomissão Permanente de Assuntos Municipais,
junto a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, onde a mesma será
uma ferramenta certa, no local certo, no momento certo, para fortalecer os
municípios, ente mais frágil da federação. Pois, desde 1988, mais atribuições
foram dadas aos municípios, sem a devida correspondência financeira.
Logo,
o ente mais pobre, ficou mais pobre ainda. Portanto, para debater e aprovar as
políticas públicas que se fazem necessárias para o fortalecimento do elo mais
frágil da corrente, que é o município, é oportuno à existência da referida Subcomissão.
Ademais,
o povo mora no município, o estado é uma ficção jurídica. E mais, como a soma
das partes faz o todo, fortalecendo-se todos os municípios, por via de consequência,
fortalecidos estarão os estados e por certo a união como um todo.
Por mais difícil que seja muito é possível ser feito ainda.
Muitos passos haverão de ser dados nessa caminhada, tendo como horizonte o
atingimento dos objetivos constitucionalmente previstos. Não custa nada sonhar,
e como já dizia Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo
dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre
dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a
utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
No nosso caso, que os nossos sonhos, tornem-se realidade.
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José Ribamar Viana é advogado e sub-procurador da Prefeitura de Bacabal
José Ribamar Viana é advogado e sub-procurador da Prefeitura de Bacabal.
ResponderExcluirE ECONOMISTA TAMBÉM. RSRS
Caro Viana diga isso à autoridade municipal. A incompetência,o descaso, a negligência e o desmando contemplado pelo bacabalense Faz-nos entender que o que pesquisaste e escreveste é cabível a ele.
ResponderExcluirViana,utopia,é essa balela que tu escreveu,ai,sem...
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