Na
noite de segunda-feira, os bancários
rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela Fenaban (Federação
Nacional dos Bancos). A análise da proposta foi feita pelas assembleias em todo
o Brasil.
A greve entra no seu vigésimo dia
nesta terça-feira, 8. A mais longa da história foi em 2004 quando os bancários
passaram 30 dias parados. No ano passado a paralisação durou apenas 9 dias.
Segundo a Contraf-CUT, o número de
agências fechadas é de 11. 717.
Na última sexta-feira, a Fenaban apresentou
proposta de reajuste de 7,1%. O Comando Nacional dos bancários rejeitou. Foi a
segunda proposta rejeitada pela categoria. No dia 5 de setembro, a Fenaban
propôs aumento de 6,1% nos salários da categoria e ampliou para 7,1% (0,97% de
ganho real) a oferta aos trabalhadores. A Fenaban também acenou com aumento de
7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%) para R$ 1.632,93.
A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), participação nos lucros de três salários mais R$ 5.553,15, piso de R$ 2.860,21, entre outros pleitos.
Principais reivindicações dos
bancários:
§ Reajuste salarial de 11,93%
§ PLR: três salários mais R$
5.553,15
§ Piso: salário mínimo do Dieese
(R$ 2.860,21)
§ Vales alimentação, refeição, 13ª
cesta e auxílio-creche/babá: salário mínimo nacional (R$ 678)
§ Emprego: fim das demissões em
massa, ampliação das contratações, combate às terceirizações e contra o PL4330
(que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho), além da
aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
§ Fim das metas abusivas e assédio
moral: a categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas,
que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
§ Mais segurança nas agências
bancárias, com a proibição do porte de chaves de cofres e agências por
bancários
§ Igualdade de oportunidades, com
contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes
Com informações do Valor Econômico
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