Inquérito sobre a morte do Cabo Carvalho já está no Judiciário | Blog do Louremar

domingo, 21 de novembro de 2010

Inquérito sobre a morte do Cabo Carvalho já está no Judiciário

O delegado da polícia civil, lotado em Paulo Ramos, Fernando Resende, concluiu o procedimento investigativo sobre o assassinato do cabo Edvaldo Oliveira, ocorrido no dia 7 denovembro. No inquérito 56/2010, consta como indiciado Danilo de Sousa Raújo, 18 anos de idade. Destaco os trechos mais importantes:

Delegado considera um crime perverso

“Consta que, no dia e hora supra citados, na rua Eloi Silva, centro desta cidade, próximo ao colégio José Joaquim, o indiciado e o referido adolescente infrator, utilizando-se de dois pedaços de pau, com extrema violência e perversidade incomum, barbaramente assassinaram o cabo PM Carvalho, e em seguida, subtraíram-lhe sua arma de fogo, um revólver, calibre 38, municiado com cinco cápsulas intactas”.

Sandálias e tênis deixados no local são indícios da autoria

"...importa consignar que , no local do crime, próximo ao corpo da vítima, foi encontrado um par de sandálias, marca Havaianas, cor branca, tamanho 35/36, reconhecida pela senhora Maria Leuda Mendes Freire, mãe do adolescente infrator, como sendo de uso pessoal do seu filho”.

“... um pé esquerdo de tênis, marca Olimpikus, tamanho 43, foi também aprendido no local do crime, posteriormente identificado como sendo do indiciado, inclusive pelo próprio e pela sua convivente reconhecido”

Danilo de Sousa confessa o crime

...”O conduzido Danilo de Sousa Araújo, em seu interrogatório, confessou ter praticado, juntamente com o seu amigo, o adolescente Mateuzinho, com golpes de “pauladas”, a morte do cabo PM Carvalho, do que destacamos o seguinte: “ que quando estavam – Danilo e Mateuzinho – retornando na direção do Posto Gadelha, acabou colidindo com a moto que a vítima pilotava, pelo que os três caíram no chão; que o conduzido alega que, ao se levatnar, já viu o cabo Carvalho caído, e Mateuzinho dando pauladas no mesmo; que o conduzido se apossou do “caibro maior”, e desferiu apenas uma paulada no rosto da vítima, em seguida, pegou sua moto, foi quando viu Mateuzinho com o revólver da vitima nas mãos...; ...que não tinha rixa alguma com o cabo Carvalho, e nunca foi preso pelo mesmo...”

Adolescente confessa o crime e mente sobre disparo

“Por sua vez, o adolescente apreendido M.M.F. confessou ter praticado, junto com o indiciado, e com “pauladas”, a morte do citado policial militar... “que por volta das 02:00h da madrugada do dia 07.11.2010, o informante encontrou-se com Danilo no posto Gadelha, onde passaram a conversar amistosamente com o vigia Izaquiel; que após uns quinze minutos ali chegou a vitima, à paisana e conduzindo sua moto, tendo o policial dito para Danilo e o informante irem embora; que saíram e logo retornaram, pensando que não mais encontrariam a vítima no Posto; Que no caminho, próximo ao colégio José Joaquim, na mesma rua Eloi Silva, a moto de Danilo bateu na moto da vítima, que estava parada; Que a vítima caiu gemendo, por ter batido com as costelas no chão; Que a vítima, ao perceber que tinha sido Danilo que pilotava a moto que o atropelou, disparou sua arma; que o infrator e Danilo se apoderaram de dois “pedaços de pau”; Que foi Danilo que desferiu a primeira paulada na testa da vítima, tendo esta novamente gemido; Que o informante alega que desferiu apenas uma paulada no lado direito do rosto da vítima; Que viu quando Danilo desferiu mais pauladas na vítima, e foi Danilo quem subtraiu o revólver da vítima”.

Vigia do posto não ouviu nenhum disparo

Em seu depoimento o vigia do posto Gadelha afirma que: “por volta de 02:00h da madrugada do fatídico dia... encontrava-se conversando com Mateuzinho no posto Gadelha, quando ali chegou em sua moto o indiciado; Que pouco tempo depois ali compareceu o PM Carvalho, e por suspeitar da intenção de Danilo e Mateuzinho, a vítima determinou aos mesmos que fossem embora, supondeo que eles pretendiam roubar o posto; Que Danilo responde que era de maior , e por isso podia ficar na rua até a hora que quisesse; Que Mateuzinho convenceu Danilo a saírem dali; Que pouco tempo depois, a vitima saiu em sua moto, na mesma direção que haviam saído Danilo e Mateuzinho; Que cerca de dez minutos após, o depoente ouviu um barulho, típico de alguém batendo com um pedaço de pau noutra superfície de madeira, pelo que imaginou que alguém havia batido na carroceria do caminhão do Vicentão, que fica estacionado a cerca de 15 metros do posto; Que afirma que não houve nenhum barulho típico de disparo de arma de fogo, e que afirma isso com convicção, pois permaneceu no seu local de serviço até por volta de 05:00h da madrugada; Que do posto onde o depoente trabalha para o local onde o corpo do policial foi encontrado mede-se uma distância aproximada a cem metros”.

Um comentário:

  1. o fato acima relatado só aconteceu,por culpa das autoridades policiais daquela cidade, que sempre fizeram vistas grossa para as atitudes criminosas,do assassino, simplesmente pelo fato do mesmo ter um grau de parentesco com o prefeito da cidade, antes ele ja tinha participado de umassalto a mão armada,tentou assassinar um rapaz da mesma forma que assassinou o policial a"pauladas"quando a mae da vitima procurou a delegacia teve como resposta a seguinte frase "tire seu filho da cidade senao ele vai morrer"quem deu essa belissima sugestao nao sabia que mais tarde teria como vitima do assassino um companheiro de farda.

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