Operação secreta da PM serviria para barrar o avanço do crack | Blog do Louremar

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Operação secreta da PM serviria para barrar o avanço do crack

Um comandante de uma unidade da Polícia Militar resolveu enfrentar o tráfico de drogas.

Reuniu o setor de Inteligência e determinou a identificação dos pontos de distribuição de drogas na cidade, o mapeamento geral. A operação foi carimbada como "secreta".

Feito isso, remeteu a documentação para o Judiciário. Aos juízes cabe o papel de expedirem mandados de busca e apreensão. O Juiz que recebeu a documentação indeferiu, ou seja, disse não.

Essa história foi protagonizada em Bacabal. O major Eriverton, comandante da então 2ª Companhia Independente, hoje 15º Batalhão, foi quem idealizou a ofensiva dois meses depois de assumir o comando.

Na reunião para criação da rede social de combate às drogas, dia 27 de outubro, ele contou o caso. Foi um lamento por ter visto a operação ser abortada diante da inércia da caneta do juiz.

O blog teve acesso aos detalhes:

1. A operação foi planejada para ser realizada de uma só vez. No mesmo dia, na mesma hora seriam feitas abordagens nos pontos mapeados.

2. Os pontos de distribuição foram catalogados a partir de denúncias anônimas recebidas pelo 190. Esses pontos foram objetos de investigação, através de observação, dos policiais do serviço de inteligência.

3. Foram listados 19 pontos de distribuição de drogas. Em nove bairros de Bacabal. Segundo o estudo são aqueles pontos que distribuem a droga para a comercialização que é feita por pequenos pontos.

A situação poderia estar menos crítica no que se refere à circulação da droga? Talvez. Afinal, com a droga apreendida e os traficantes presos, por um tempo não haveria oferta do crack e da maconha.

Algo pode ser feito? Pode. Deve existir maior sensibilidade dos juízes e um sincronismo com a ação da Polícia Militar e Polícia Civil.

Quanto ao estudo, nesse momento já deve estar defasado. A indústria da droga prosperou. Não há um bairro da cidade onde os moradores não apontem, no mínimo, meia dúzia de casas que se prestam ao comércio do crack.

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