A construção do Forum de Justiça de Bacabal foi uma das lutas do desembargador Guerreiro Júnior. Coube a ele as honras na inauguração do prédio. Para marcar com destaque a data, o Desembargador apresentou um discurso em que contou a história de Bacabal com dados novos, principalmente quanto à origem.
Essa importante peça me foi enviada por ele há alguns dias, logo depois do aniversário da cidade. É o fruto de uma ampla e minuciosa pesquisa, feita principalmente junto à colônia portuguesa no Maranhão, com base em documentos, sempre raros, que atestam a origem dos primeiros homens a desbravar a terra da bacaba.
Outras pesquisas foram feitas, inclusive o jornalista Abel Carvalho, manteve publicado em seu site ‘O Observador’ por um bom tempo. Veio um bug e tirou o material do ar. vou providenciar também esse importante material, para montarmos um acervo no blog.
Publicarei a pesquisa feita pelo Des. Guerreiro Júnior em capítulos, a partir de hoje. Ao final postarei no blog de forma permanente para servir à pesquisa daqueles que desejem conhecer a história da nossa terra.
Portugal: Origem da nossa História.
Significativamente emocionado com a homenagem que ora recebo, primeiro, dos meus ilustres pares ante a gentil sugestão da Desembargadora Etelvina, segundo, do povo de Bacabal, através dos seus ilustres representantes no Parlamento Municipal, não tenho como restringir o script desta oratória mercê o dever de contar-lhes, pelo menos o início da história de nossa adorada Bacabal, sem esquecer de homenagear Portugal, origem do seu herói fundador.
Portugal, pequenino país da Península Ibérica, situado na parte ocidental, ilhado entre o mar e os reinos de Castela e Leon, foi uma das nações que abriu caminho à descoberta e a exploração da América.
Privilegiado por uma rica rede hidrográfica caudal e importante, nascida em Espanha, como os rios Minho, Douro, Guadiana e Tejo, de águas límpidas e cristalinas, que não só arrefecem o frevor entusiasmado dos alvos e cândidos corpos das belas e formosas raparigas das suas mais diversas regiões, como constituem importantes ancoradouros, mormente as fozes dos rios Douro e Tejo, que garantem à nação portuguesa importante plataforma natural para a sua existência vocacionada ao comércio atlântico e ultramarino.
Uma das mais antigas nações da Europa, existindo como país aproximadamente a oito Séculos, Portugal, sujeitou-se às mais alucinadas e regulares invasões, que moldaram o espírito da cultura portuguesa, enriquecida com as viagens dos grandes descobridores, que contribuíram para que o país ficasse mais aberto às influências orientais e à revelação da riqueza brasileira, em jóias e ouro, influenciando a utilização da chama barroca na decoração dos palácios, das igrejas, das catedrais, dos castelos dos nobres, enfim, de tudo quanto realizado pela coroa.
Registram alguns dos historiadores, que Portugal começa pelos fins do Século XI, altura em que a Galiza – reino, que tal como os de Oviedo, Navarra e Castela, se formou com a reação cristã dos visigodos contra os muçulmanos – se encontra dividida em diversos condados, entre os quais o Condado Portucalense, cujo nome lhe vinha da sua principal povoação (Portucale) e que ficava próximo da foz do rio Douro, mais ou menos onde é hoje a cidade do Porto; que o Conde D. Henrique de Borgonha, no ano de 1095, após vencer o combate com os muçulmanos que ocupavam grande parte da península ibérica, tornara-se o comandante de Condado Portucalense, ao receber de D. Afonso de Leão e Castela tal título de nobreza pela recompensa e bravura dos seus feitos de armas.
Não obstante a bela e empolgante história de Portugal, detentora de um vasto império de rotas que faziam de Lisboa o mais importante comércio europeu, de maior expansão ultramarina, de economia com vocação agrícola e pecuária de exportação, fundamentalmente cerealífero, destacando-se pelo cultivo de trigo e milho, além de importantes produções de azeite, legumes e hortaliças, cortiça, vinhos e calçados, não esquecendo – já me avistam os portugueses – da vasta costa marítima e da abundância de peixes nas águas que rodeiam o país, que favorecem o desenvolvimento da indústria piscatória de sardinhas, anchovas, e o próprio bacalhau do Atlântico Norte, que seria o bastante para dimensionar o valor português, embora a nossa dimensão histórica, no momento, se concentre a meados do século XVIII.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário, fique à vontade para criticar e sugerior. Denúncias podem ser enviadas para louremar@bol.com.br ou louremar@msn.com