A história de Bacabal, por Guerreiro Júnior - Parte III | Blog do Louremar

terça-feira, 31 de maio de 2011

A história de Bacabal, por Guerreiro Júnior - Parte III


O rico burguês, Francisco Vieira da Silva, assíduo freqüentador da corte de D. José I, nasceu na vila de Guimarães, freguesia de São Sebastião, arcebispado de Braga, no dia 28 de maio de 1720; casou-se com dona Anna Encarnação Monção Ribeiro no distrito de Portalegre, em 30 de junho de 1745, nascendo dessa união os filhos Águeda Maria Tereza, Anna e Domingos Antonio Vieira da Silva.

Águeda Maria Tereza Vieira da Silva, casou-se em Portugal com Lourenço Silva Abreu em 1763, de cuja união houveram duas  filhas: Águeda Silva Abreu e Maria Ursula da Silva Abreu, esta,  tempos depois, casou-se com seu tio Domingos Antonio Vieira da Silva, cujo neto, Capitão Lourenço Antonio Vieira da Silva, bisneto de Francisco Vieira da Silva, veio para o Maranhão a convite do Comendador Luis Antonio Vieira da Silva, à época, autoridade de grande influência na Corte e principalmente no governo da Província.

Aqui, exatamente, inicia-se a história de Bacabal, quando traço a ascendência do fundador desta cidade.

O Comendador Luis Antonio Vieira da Silva, pelos seus feitos de bravura e pela intima amizade que tinha com o monarca e principalmente com o Marquês de Pombal, foi presenteado com significativa quantidade de terras, cujos mapas demarcavam a propriedade de vale a vale, mas somente se utilizava daquelas que já haviam sido beneficiadas e em plena produção. Era exatamente a localidade onde hoje instalado o Município de São Luis Gonzaga.

Contou-me certa feita o historiador Fabrício Gonçalves de Moraes – pessoa bastante conhecida no vizinho município de São Luis Gonzaga  pelos seus conhecimentos históricos – que a rica mancha de terras destinadas ao Capitão Lourenço Antonio Vieira da Silva, eram bem mais férteis do que aquelas que ficavam à margem direita do rio Mearim, revelando-me, ao folhear seus escritos históricos, a dificuldade que teve o Capitão Lourenço Antonio Vieira da Silva de se relacionar, logo quando aqui se instalou, com os nativos que habitavam a região. 

O certo é que o nosso bravo herói, logo que chegou ao Brasil tinha a incumbência de desenvolver e colonizar as terras da margem esquerda do rio Mearim, aliás, motivo de deixar a sua pátria e vir para o Maranhão. Acompanhado por um tenente coronel da brigada e de outros tantos serviçais do Comendador Luís Antonio, o Capitão Lourenço Antonio Vieira da Silva subiu o velho Isó navegando, por dias, em dois batelões, um dos quais carregado de suprimentos.

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