Candidatos apontam irregularidades na eleição do Conselho Tutelar e pedem acompanhamento da Promotoria

Está em curso o processo eleitoral para formação do Conselho Tutelar de Bacabal. A eleição será domingo. O problema é que um grupo de candidatos denuncia que há favorecimento a alguns dos pretendentes à vaga.

A eleição é coordenada Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA e de uma comissão eleitoral constituída para este fim. A denúncia diz respeito quanto à transparência e a lisura do pleito por parte dos responsáveis pelo processo.

A secretária de Assistência Social, Roseane Maria do Nascimento Silva, é a presidente da Comissão e apontada num documento enviado do Ministério Público como a responsável pela condução do processo “de forma autoritária, centralizadora e parcial”. Uma petição assinada por vários candidatos, foi entregue na Promotoria e aponta o que consideram irregularidades.

Os denunciantes tem medo de perseguições e retaliações. No documento entregue ao Promotor solicitaram que seus nomes permaneçam no anonimato. Por isso, nesta matéria também não citaremos nenhum nome. Conhecemos bem como funciona o sistema.

O Conselho é composto por 5 conselheiros. Doze pessoas estão concorrendo. Segundo aponta o grupo de denunciantes, a Secretária de Ação Social estaria trabalhando pela reeleição de quatro Conselheiros e estaria usando toda a estrutura da Ação Social e até mesmo do Conselho, como transporte e funcionários na campanha eleitoral.

Outra alegação contida na petição é de que os candidatos não tem conhecimento do número de votantes da sede e da zona rural e nunca viram o modelo de cédula a ser usada na eleição. O regimento eleitoral proíbe o uso de chapões ou algo semelhante. Os denunciantes afirmam que “já circula modelo de chapão onde aparece em destaque nomes em negrito e que candidatos provavelmente se beneficiam da divulgação”.

O documento solicita que o Promotor responsável, no caso o promotor Luis Gonzaga, convoque reunião da comissão eleitoral e os candidatos. Eles pedem ainda que o MP acompanhe de perto todo o processo e o ato da eleição.