Taugi e João Alberto emperram a reforma administrativa

O ano é de reforma administrativa em quase todos os municípios do Brasil, por poucas razões:

1. Os Prefeitos que estão deixando o poder querem dar uma revitalizada na equipe para garantir que saiam com uma boa imagem.

2. Aqueles que concorrem à reeleição, desejam fortalecer a administração para garantir sucesso nas urnas.

3. Boa parte dos assessores, diretores e secretários são candidatos a prefeito ou a vereador. É preciso que se desincompatibilizem dos cargos.

Em Bacabal, Raimundo Lisboa não pode ser candidato, já está no seu segundo mandato como prefeito. Mas é imperativo que faça a reforma por causa de seus muitos assessores que querem enfrentar o eleitor nas urnas. É assim com o engenheiro Nonato Chaves, secretário de Obras, que é candidato a prefeito. Na mesma situação está Almir Rosa Júnior, secretário de Administração, ex-candidato a prefeito e agora esperando uma chance de compor uma chapa como candidato a vice-prefeito. E outros.

Na tarefa de reformular a equipe, Lisboa tem dois problemas a enfrentar: técnico e político. Na prática não é fácil encontrar bons nomes para entregar uma secretaria. Na esfera política, depois que os grupos de Lisboa e João Alberto ficaram bicudos um com o outro, é preciso também deixar isso bem claro na administração.

Aí começa o problema. Lisboa tem dito a assessores que vai exonerar pessoas do grupo da vice-prefeita Taugi Lago mas não quer que a atitude pareça uma deslealdade. É o caso do secretário de Educação Waltersar Carneiro que será exonerado mesmo sem ser candidato a nada.

A Secretaria é da cota da vice-prefeita, por causa do acordo feito para a eleição. É ela que coloca e tira o secretário de Educação, assim como o de Desenvolvimento Rural.

Se Taugi e João Alberto não vão trilhar a estrada da eleição junto com Lisboa, é acertado que ele não espere contar com os indicados pela vice-prefeita. É uma questão de sobrevivência política.

Segundo Lisboa tem confidenciado para um pequeno grupo de amigos, o problema é que nem Taugi, nem João Alberto disseram o que realmente querem da vida. Fazem com o Prefeito o mesmo que fazem com seus eleitores, dão o calado como resposta.