Escolas de samba do Rio usam material roubado | Blog do Louremar

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Escolas de samba do Rio usam material roubado

Do: O Dia online

Investigado pela polícia, o uso de baterias roubadas de antenas de telefonia celular para alimentar geradores de carros alegóricos pode atravessar o samba das agremiações. Além de causar prejuízos milionários às operadoras, o roubo desses equipamentos afeta a vida de milhares de cariocas. Sem eles, uma simples queda de luz é suficiente para calar celulares e tirar a Internet do ar.



Os furtos aumentam até 40% nos meses anteriores ao Carnaval, segundo fontes ligadas às operadoras. Cada alegoria precisa de pelo menos 15 baterias. “A investigação indica que grande parte dos furtos, que ocorrem principalmente nos meses que antecedem o Carnaval, está relacionada ao fato de que muitas dessas baterias são repassadas às escolas de samba, que as utilizam nos carros alegóricos”, conta o delegado Mário Andrade, da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

Ele explica que muitas escolas alugam as baterias de empresas que adquirem o equipamento junto às quadrilhas: “Podemos chamar até diretores da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) e de algumas escolas de samba para depor”.

Desde janeiro, agentes da delegacia investigam quadrilhas especializadas em roubar e vender baterias e outras peças das antenas. Dois homens já foram detidos. Segundo Andrade, a maioria dos bandidos trabalha em prestadoras de serviços para as operadoras de telefonia: “Eles sabem a localização dos alvos mais vulneráveis e a maneira de desativá-los sem danificar os equipamentos”. As áreas mais atacadas ficam nas zonas Norte e Oeste e Baixada. Terça-feira, 16 baterias foram roubadas de duas antenas em Campo Grande e Santa Cruz.

As baterias das antenas de telefonia são até três vezes mais potentes que as automotivas. “Elas ainda oferecerem a vantagem de ocupar menos espaço e serem mais leves”, explicou a engenheira eletricista, Hélvia Carvalho.

Internautas prejudicados

Preocupadas com o aumento de ataques às antenas de telefonia, algumas das principais operadoras investem na contratação de especialistas em segurança. Com a missão de coibir os furtos, profissionais como o advogado Luiz Eduardo Guimarães revelam que as baterias são apenas um dos alvos dos bandidos.

“As antenas também são compostas por outros equipamentos. Alguns muito mais caros, como placas de distribuição de sinal de celular e os roteadores de Internet, em caso de antenas compartilhadas. Mas eles só são identificados por pessoas que trabalham no ramo”, contou Luiz Eduardo.

A retirada desses dois equipamentos interrompe imediatamente as transmissões de sinais de celular e Internet, independentemente de o abastecimento de energia na região estar normalizado ou não. “Toda a população da região atendida pela antena fica fora do ar até a reposição das peças. Esse é o maior prejuízo”.

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