Foto: Agência O Dia |
Do: O Dia online
Quarenta e cinco anos após vencer, pela primeira vez, o concurso de samba-enredo na Vila Isabel, Martinho da Vila, 74 anos, joga a toalha: “Este é meu último ano.” Os negócios em torno das disputas, com contratação de intérprete e até de torcida, desanimaram o bamba.
Quarenta e cinco anos após vencer, pela primeira vez, o concurso de samba-enredo na Vila Isabel, Martinho da Vila, 74 anos, joga a toalha: “Este é meu último ano.” Os negócios em torno das disputas, com contratação de intérprete e até de torcida, desanimaram o bamba.
“Os concursos não acontecem mais por amor às agremiações. Viraram uma espécie de campanha política. Só entra quem dá dinheiro, leva torcida, distribui camisas, ingressos. Enfim, virou comércio”, disse Martinho, acrescendo que não paga para concorrer. “Sei que é um caminho sem volta em todas as escolas. Então, ‘tô fora’.” Ele já venceu nove disputas na Vila.
O futuro dissidente lembra o tempo em que “os sambas eram feitos por integrantes da ala de compositores, que amavam e frequentavam as escolas.” Eram eles, segundo Martinho, que escolhiam os intérpretes. “Agora, todos são contratados, virou bagunça. É o dinheiro que dita regras”, compara. O gasto dos compositores em três meses de disputa chega a R$ 50 mil.
Leia mais em: Martinho da Vila se despede hoje das disputas de samba
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