Oferecer produtos de saúde a preço baixo hoje em dia é algo que fascina. Principalmente os idosos, que padecem de tantos males, advindos coma idade.
É de olho nesse filão do mercado que os óticas trabalham com preços de consultas muito baixos. Quem mais sofre com problemas de visão são os idosos. Grande parte deles recebe aposentadoria. Então ....
As consultas são oferecidas por 15 reais. Até aí nenhum crime. O problema é quando se condiciona a consulta à aquisição do óculos na mesma ótica. Convenientemente, no mostruário os óculos baratos são do tempo em que ‘vovó era adolescente’. Então resta ao cliente comprar os óculos caros. É uma propaganda enganosa com estratégia de venda.
Só que uma ótica em Bacabal está sendo acusada por vários idosos de outra coisa muito mais séria do que simplesmente propaganda enganosa. A Ótica Fernanda tem ma equipe de venda nas ruas. Eles visitam os domicílios, fazem a ficha dos velhinhos, dizem que a consulta custa apenas 15 reais. Quando a pessoa chega na ótica, paga os 15 reais e é encaminhada para o oftalmologista. Para ser atendida, a pessoa desembolsa mais 10 reais, a título de medir a pressão ocular.
Foi o que aconteceu , por exemplo, com a senhora Deusi Menezes, sexagenária que reside no centro da cidade. Dona Deusi acreditou na história e pagou pra ver. Pagou caro. Ao chegar à clínica ela deixou sua Identidade a pretexto de fazer uma ficha. Foi para o atendimento médico, quando retornou, como não concordasse com os preços dos óculos, disse que compraria em outro local. A atendente concordou, desde que dona Deusi não levasse a Carteira de Identidade. Isso ela não poderia fazer, ou comprava o óculos na Ótica Fernada ou nada de Identidade.
Durma com um barulho desses. Depois de muita discussão, quando a idosa ameaçou ir até a delegacia, seu documento foi recebido.
Para quem não sabe, é proibida a retenção de documentos pessoais. A lei 5.553/68 regula os casos de apresentação e uso de documentos. No máximo a pessoa pode anotar os dados do proprietário do documento e devolver imediatamente o documento. Documento não é refém para a barganha de vantagem pecuniária.
Já que em Bacabal não existe órgão para defender o consumidor, alguém pode fazer o favor de acionar o Ministério Público?
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