O dilema de Ilton Viana: ser Governo ou ser Oposição

O suplente de vereador Ilton participou ontem de sua primeira sessão na atual legislatura. Ocupou a mesma cadeira de Jonas Medeiros. Na hora do juramento, algo inédito, ele não leu o juramento. Leram por ele.

Sabe-se lá por qual motivo, a vereadora Ute Somália poupou Ilton de uma das poucas tarefas que cabe a um vereador. Ute leu o texto e restou a Ilton dizer que se comprometia com o que havia sido lido.

Aproximadamente duas dezenas de simpatizantes de Ilton, dentre familiares e vizinhos, foram até a galeria da Câmara. Dois cartazes mandavam um recado de que o neófito pretende ser candidato a Prefeito. A caravana de eleitores aplaudiu Ilton até o ponto em que ele precisou mostrar ser oposição. No momento de votar a autorização para que o prefeito Lisboa pegue emprestado meio milhão de reais ao BNDES, Ilton se comportou como um autêntico vereador da base governista.

Não reclamou. Não discutiu o projeto. Não estranhou o fato de que o Executivo deixou de informar aos vereadores de que forma será gasto o dinheiro. E se manteve compenetradamente sentado na hora em que o presidente conclamou “aqueles que aprovarem permaneçam sentados”. Mas Ilton já tinha deixado claro: - quando precisar elogiar eu vou elogiar, quando precisar criticar....

O problema é justamente esse. O assunto é subjetivo. Depende do ponto de vista. Há quem veja eficiência administrativa onde outros veem descaso. Há quem veja boa intenção onde outros veem que não passará de intenção. O ex-vereador Costela, no afã de apaziguar o descontentamento de alguns populares, partiu em defesa de Ilton alegando que ele assumiu hoje, que vai aprender.

E os quatro anos em que ele foi vereador, não foram suficientes?