Quase 2 mil armas são recohidas de fóruns do Maranhão

A Corregedoria Geral da Justiça recolheu 1.980 armas em fóruns de nove comarcas, entre os dias 16 e 20 de maio, de acordo com orientação do corregedor Antonio Guerreiro Júnior. Foram encaminhadas a batalhões e companhias da Polícia Militar de Caxias, Coroatá e Chapadinha 592 armas de fogo e 1388 armas brancas que não mais interessavam a processos penais, mas estavam em salas e depósitos sem segurança - um convite sempre atraente para bandidos. 
 

“Atuar na prevenção à invasão de fóruns – em geral com furto de armamento – é o objetivo de ponta da medida. O outro é tornar o fórum um local seguro para servidores, juízes e a comunidade”, destaca Guerreiro Júnior, que autorizou o início da operação durante a segunda das três viagens que fez este ano para inspeção de comarcas.
 

Pela primeira vez a Corregedoria adota procedimento incisivo para coibir o roubo de armas em comarcas do interior – um dos maiores desafios do Judiciário estadual. Desde o primeiro ano passado – o primeiro de gestão – o corregedor cobra insistentemente a juízes uma definição sobre o assunto, também com respaldo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
 

Relatório entregue ao corregedor pela equipe de assessoramento militar que realizou a operação mostra a Comarca de Buriti (a 330 km de São Luís) como a recordista em posse de armamentos: ali foram recolhidas 297 armas, 64 delas de fogo. Entre essas, 64 eram espingardas. A comarca puxa da liderança em armas brancas.
 

Na 1ª Vara de Coelho Neto e na 1ª Vara de Coroatá foram encontradas 228 armas de fogo e 401 armas brancas. A 1ª Vara de Coelho Neto é líder até o momento em armas de fogo: 115.
 

Na 1ª Vara de Itapecuru havia o menor estoque: apenas sete armas de fogo: duas pistolas, quatro revólveres de calibres diversos e uma garrucha.
 

Quantidade surpreende 

A quantidade de armas nos fóruns surpreendeu a Corregedoria e os militares da Polícia Militar responsáveis pelo recolhimento, e provocou alteração no planejamento do trabalho, explica o corregedor.
A operação prevista para cobrir 18 comarcas em cinco dias só pode ser realizada em nove. Foram necessárias quatro viagens em veículos utilitários com carga completa para levar o equipamento a batalhões e companhias.
 

Duas comarcas relacionadas – Santa Quitéria e Magalhães de Almeida – se anteciparam e enviaram os acervos para a 4ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Chapadinha. O comando da 4ª CIMP também já começou a guardar as armas da Comarca de Chapadinha.
Segundo o tenente-coronel PM que coordenou o trabalho, os servidores dos fóruns demonstraram alívio enquanto as armas eram recolhidas.
 

Guerreiro Júnior diz que a Corregedoria vai levar a operação desarmamento a todas as comarcas e varas do estado. Por questões de segurança dos militares e de servidores do Judiciário, a CGJ não vai informar as próximas unidades e em quais dias as ações serão deflagradas.

 

Da Assessoria da Corregedoria