"Me engana que eu gosto"
Como disse a presidente Dilma Rousseff (quando é que seu ministro Celso Amorim irá chamá-la de "Nossa Guia", como fazia com o presidente Lula?), o Brasil está mais bem preparado para esta crise do que para a de 2008. Claro: a inflação superou não apenas a meta, mas também a margem de tolerância, o Brasil gasta US$ 60 bilhões por ano além do que recebe em suas relações com o Exterior, parte das indústrias sobreviventes está mudando de país, partidos aliados se rebelam contra o Governo - também, que mania é essa de prender ladrão?
Não, o Brasil não está tão bem preparado assim (aliás, ninguém está - talvez apenas os Estados Unidos, que têm aquela fabulosa maquininha de imprimir dólares). Se os países desenvolvidos reduzem seu consumo, quem lhes deixa de vender alimentos é o Brasil. Pior: deixam de comprar produtos industrializados da China - e a China reduz suas compras de matérias-primas brasileiras. Pior ainda: se a China reduzir sua produção, seu mercado interno se encolhe, e de novo os alimentos brasileiros sofrem o impacto. E tudo isso significa menos empregos.
Quer dizer que os chineses vão comer menos? Provavelmente não; mas vão pagar menos por eles, como também procurarão forçar a baixa no preço das matérias-primas que nos importam, já que a procura por seus manufaturados tende a cair. Esse tipo de ação afeta grandes empresas brasileiras, como Vale, como frigoríficos, como produtores e exportadores de soja. É por isso que a Bolsa brasileira caiu mais que as outras: porque nossas grandes empresas são mais afetadas.
O mercado somos nós
Na esteira da crise, são publicadas muitas bobagens a respeito de como o ganancioso mercado se tornou mais forte do que Governos democraticamente eleitos. O problema é que os mercados são tão democráticos quanto os Governos mais democráticos: um grande número de pessoas (investidores individuais, investidores em fundos e fundos de pensão, especuladores) decide onde vai aplicar seu dinheiro, de acordo com sua vontade, de acordo com suas expectativas. Tem as mesmas falhas de um Governo democrático: pode ser manipulado, pode ser fraudado. Há quem ganhe com a alta, há quem ganhe com a baixa, e um bom volume de recursos, bem aplicado, pode gerar efeitos lucrativos. Informações bem plantadas, também - verdadeiras, meio falsas, falsas, tudo isso pode funcionar.
O mercado somos nós. Nas Bolsas, via fundos de aposentadoria; no dia a dia, por compras e vendas. Exemplo: quando os consumidores pararam de usar chapéus, prósperas indústrias, muito mais ricas do que nós, tiveram de fechar.
O que será do amanhã
Que é que vai acontecer daqui para a frente com o dinheiro nosso de cada dia? Como diz o ex-ministro Delfim Netto, no Brasil qualquer prognóstico para mais de uma semana não é previsão, é chute.
Ou, como numa frase notável atribuída a muitos autores, "no Brasil até o passado é imprevisível".
Tempos interessantes
O que vai acontecer na economia é imprevisível. O que vai acontecer na política é altamente previsível, depois que a Polícia varejou o Ministério do Turismo, controlado pelo PMDB de Sarney (o ministro é o deputado Pedro Novais, aquele da festa no motel), e se descobriu que um lobista com entrada franca na Agricultura, outro ministério do PMDB, já tinha cumprido pena por tráfico de cocaína. Brigar com o PR é uma coisa; com o PMDB é outra. Sarney abandonou o aliado Novais, jurou que o aliado maranhense nem tinha sido indicado por ele, mas Wagner Rossi, o ministro da Agricultura, é Michel Temer desde criancinha.
Lembrança 1
Quando Lula, recém-eleito, ainda não tinha escolhido Fernando Henrique para ser seu inimigo preferido, perguntou-lhe o que achava de Celso Lafer e de Celso Amorim para o Itamaraty. Fernando Henrique lhe disse que Lafer faria o que fosse necessário, e Amorim o que ele, Lula, quisesse. Amorim foi nomeado.
Lembrança 2
Essa história do esquerdismo de Celso Amorim precisa ser mais bem analisada. Ele ocupou um alto cargo, de confiança, no Governo militar do presidente João Figueiredo: foi presidente da Embrafilme, empresa sempre observada por generais, coronéis e esposas de generais e coronéis. Até que se saiu bem.
Realidade virtual
Jobim não foi à posse de Amorim nem lhe transmitiu o cargo. Retrato quase perfeito: Amorim recebeu o cargo das mãos de ninguém.
Para que o retrato fosse perfeito, igual à realidade, só faltou que Amorim também não aparecesse.
Saúde para os outros
Lembra desta declaração fantástica do presidente Lula, sobre a saúde pública que estava atingindo a perfeição? Pois é: o SUS está suspendendo aos poucos a cobertura de tratamento para excepcionais. Três Prefeituras do Rio (Itaboraí, São Gonçalo e Niterói) já avisaram às associações de pais e amigos dos excepcionais que o SUS suspendeu a cobertura para pacientes com mais de 18 anos de idade.
Motivo: não há previsão no orçamento "para tratar pacientes com baixa complexidade de atendimento". Em resumo: ou pioram logo ou ficam sem tratamento.
sim agora o bomzinho e´o alberto filho o pai , pois ,nos tamos é lascados. desculpa louremar a gente já percebe q sao teus aliados . mas Bacabal nao merece isso . nem ze vieira nem ze alberto nem junior do saae muito menos nonato chaves , lisboa chega . qero falar mais .vou esperar vc postar.
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