Pedido o impeachment da Presidente do Flamengo

Ex-presidente do Clube compara Patricia Amorim a Nixon, Clinton e a Demóstenes Torres

Do: Espn.com.br

Patrícia Amorim está em Londres, onde assiste às Olimpíadas Foto:Agestado

Ex-presidente do Flamengo, Marcio Braga organizou um pedido de impeachment contra a atual mandatária do clube, Patricia Amorim, o qual foi entregue às 12h desta quinta-feira ao Conselho Deliberativo para que o mesmo aprecie o caso. Até por uma questão de saúde, o ex-comandante rubro-negro garante que não deseja voltar ao cargo e que a ação é exclusivamente para atender aos anseios da torcida e impedir que a atual gestão, de acordo com suas palavras, "acabe" com a agremiação.

O documento organizado por Braga tem como base um artigo da Lei Pelé e seu principal argumento para que Patricia saia do poder é a "gestão temerária". "Eu tinha resolvido me afastar um pouco da vida do clube, mas não deixei de ser Flamengo. E não aguento mais nas ruas as pessoas me cobrando uma atitude e até dizendo 'volta, Marcio, volta, Marcio, volta, Marcio'", explicou.

Braga entende que a atual mandatária, que está em Londres, na Inglaterra, para acompanhar a Olimpíada, não fala a verdade sobre nada do que fala em relação ao clube. "Ela mente compulsoriamente. E nosso estatuto, no artigo 154, deixa clara a questão da moralidade", continuou.

Para Braga, Patricia Amorim assemelha-se a personagens da política nacional e internacional que foram alvos de escândalos. "Olha só, o [ex-presidente norte-americano, Richard] Nixon foi deposto porque mentiu; o [também ex-presidente norte-americano Bill] Clinton também mentiu para o Congresso naquele caso da Monica Lewinski; e o [senador] Demóstenes Torres perdeu o cargo porque mentiu", afirmou.

Questionado sobre quais seriam estas mentiras, o ex-presidente rubro-negro por quatro vezes - 1977-1980, 1987-1988, 1991-1992 e 2004-2009 - preferiu não especificar uma, mas disse que o documento entregue ao Conselho Deliberativo elenca 120 itens contra Patricia. 

Um possível processo de impeachment da atual presidente só poderia ser realizado após aprovação dos conselhos Deliberativo, Fiscal e de Beneméritos. "Se não acontecer [impeachment], espero que pelo menos seja bem apreciado pelo Conselho, para que saibam o que ela tem feito", disse Marcio Braga.