A realidade da cultura em Bacabal



Carmem Xavier - Secretária de Cultura

A Escola de Música está fechada e ninguém sabe quando começarão as aulas. Dezenas de jovens e adultos confiaram na propaganda bonita que é exibida na televisão e se matricularam. Agora estão revoltados com o tratamento dispensado pela Secretaria de Cultura do município de Bacabal. Nenhuma satisfação tem sido dada aos futuros alunos, a não ser a de que não se sabe quando as aulas serão iniciadas.

A resposta é sempre a mesma: “volte daqui a uns dias para saber quando começam as aulas”.

A situação é vexatória num município que tem instituída uma secretaria para cuidar da cultura. Na verdade, a Escola de Música acrescenta muito pouco aos anseios das pessoas que ali buscam formação. O empenho dos instrutores é incontestável. Mas qual a legalidade do certificado?

Depois de terminarem o curso, os novos músicos não podem provar com documentos que realmente são músicos. O diploma é um arranjo que só serve para tirar fotos. Se realmente a Secretária de Cultura tivesse preocupação com o movimento cultural, com a formação de mão-de-obra musical, já teria se preocupado em transformar a escola numa instituição técnica.

A Lei 11.769, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Isso deve acontecer a partir de 2011, mas onde encontraremos professores? Bem que poderiam ser os alunos da escola de música, se esta fosse considerada de nível técnico. Mas quem lembra disso?

É uma pena que as pessoas pensem que a cultura se resume ao ciclo carnaval – São João - desfile do 7 de setembro. Ah, tem uma exceção, a sexta cultural que recomeça hoje.