Não há problema. Desde que não as denominassem de “imagens exclusivas”. Como alguém pode ter exclusividade sobre aquilo que não é seu? É com essa postura que a Globo se acha no direito de exibir matérias que denunciam os desmandos dos administradores públicos do nosso país?
O pensamento adotado por governadores, prefeitos, vereadores que se apropriam dos bens e verbas públicas é o mesmo da Globo. Se dá pra levar vantagem, então que tal esquecer que é coisa pública?
Ora, se as imagens foram feitas com câmeras da escola Tasso da Silveira, elas pertencem a quem? A todos. Não pertencem ao prefeito do Rio, nem à diretora da escola, pertencem ao povo. As câmeras foram compradas com dinheiro público e estão instaladas numa escola pública. Quem cedeu exclusivamente à Globo?
Quem fez isso errou. Compete também à Emissora, ter o pudor de não usar como se as imagens fossem uma propriedade sua ou adquiridas a algum preço.
Para complementar a reportagem, a apresentadora Patrícia Poeta ainda se saiu com essa: “essa reportagem mostra uma imagem nova e importante. O assassino analisou o local”. Será que ninguém disse pra essa sumidade em jornalismo que o assassino estudou por anos naquela escola?
É preciso que o povo tenha uma visão crítica daquilo que é exibido na televisão.
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