A história do Dia das Mães | Blog do Louremar

domingo, 13 de maio de 2012

A história do Dia das Mães


"Não criei o dia as mães para ter lucro"

Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, mulher de Chronos e a Mãe dos Deuses. Essa é a mais antiga comemoração do dia das mães que se tem notícia, é mitológica.

No século 17, a Inglaterra dedicava o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. O “Mothering Day” era o dia em que as operárias recebiam folga para ficar em casa com as mães.

Coube a uma americana, Ana Jarvis, o papel de iniciar uma campanha para instituir o Dia das Mães. Filha de pastores, em 1905 Ana perdeu a mãe e entrou em depressão. Algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana pediu que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Quis ela que fosse criado um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem as suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa adiante. Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

O primeiro Dia das Mães no Brasil

A Associação Cristã de Moços de Porto Alegre foi a entidade responsável por promover o primeiro Dia das Mães brasileiro. O evento foi realizado no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data a ser comemorada no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

2 comentários:

  1. Louremar, parabéns pelo texto, você traz excelentes informações que não encontramos em qualquer livro.

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  2. encrivel esse texto adorei

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