"Não
criei o dia as mães para ter lucro"
Na
Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, mulher de
Chronos e a Mãe dos Deuses. Essa é a mais antiga comemoração do dia das mães
que se tem notícia, é mitológica.
No
século 17, a Inglaterra dedicava o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias
inglesas. O “Mothering Day” era o dia em que as operárias recebiam folga para
ficar em casa com as mães.
Coube a
uma americana, Ana Jarvis, o papel de iniciar uma campanha para instituir o Dia
das Mães. Filha de pastores, em 1905 Ana perdeu a mãe e entrou em depressão.
Algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa.
Ana pediu que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas. Quis ela
que fosse criado um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem
as suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos
pais.
Durante
três anos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira
celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o
governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das
Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros
estados norte-americanos aderiram à comemoração.
Em 1914, o então presidente dos
Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os
estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado
sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.
"Não criei o dia das mães
para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas,
ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A
popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os
comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que
simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro",
disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um
processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a
vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na
maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa adiante.
Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem de suas
mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna
morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo
todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das mães,
Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton.
Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a
flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a
brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza.
Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo
propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
O primeiro Dia das Mães no Brasil
A
Associação Cristã de Moços de Porto Alegre foi a entidade responsável por
promover o primeiro Dia das Mães brasileiro. O evento foi realizado no dia 12
de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data a ser
comemorada no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara,
Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte
também no calendário oficial da Igreja Católica.
Louremar, parabéns pelo texto, você traz excelentes informações que não encontramos em qualquer livro.
ResponderExcluirencrivel esse texto adorei
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